terça-feira, 3 de dezembro de 2013

O público e o privado

“O Brasil sofre de uma forte e resistente miopia sobre os limites entre o público e o privado. Historicamente, a elite política brasileira é patrimonialista. Os poderosos tendem a confundir o poder político com o direito de usar a abusar do patrimônio público como se fosse sua propriedade privada. O patrimonialismo vem de longe. O Brasil já nasceu loteado por potentados portugueses que ganhavam da coroa aqui vastas concessões de terra. Na mesma caravela vinham os poderes quase absolutos para administrar sua gente e sua riqueza. Esse pecado original ainda hoje marca a condução da coisa pública no Brasil”.

Não, não voltei a abordar a SOBRAMH com este texto. Embora tudo indique que dela e de seu patrimônio tenham se apropriado, não me diz mais respeito. Chamo atenção apenas que os mesmos que a tratam como propriedade privada costumam replicar conteúdos como este acima, trecho de Carta ao Leitor da Veja. Como podemos cobrar de quem nos governa este tipo de postura, se aceitamos a prática em nosso próprio dia-a-dia?

Na tentativa de deixar definitivamente para trás a SOBRAMH, porque seu site está inativado há algum tempo, entrei em contato com o desenvolvedor na tentativa de resgatar um texto de minha autoria que estava lá, da época de minha gestão, cujo arquivo, junto ao backup que tenho do conteúdo que desenvolvi, estava corrompido. Eis que, ingenuamente, porque não sabe mesmo dos bastidores e é altamente profissional, contou que a "nova diretoria" já estava providenciando atualização do site e reinauguração. É claro, sem estas coisas como eleições e prestação de contas... Isto é para os fracos!

E antes que pensem bobagem, não só gosto como assino a Veja. Acabei de ler a minha, diga-se de passagem!

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