domingo, 23 de fevereiro de 2014

Vídeo retratando realidade de hospital onde adorei fazer minha residência médica...

... mas não aguentei trabalhar como responsável maior pelos pacientes. Instituição modelo do Ministério da Saúde brasileiro, onde faltam coisas essenciais - vide momentos onde brincam com falta de medicamentos e exames básicos. De onde alguns, distantes da linha de frente, até tiram substrato para temas livres de gestão de risco ou segurança do paciente a serem apresentados em congressos afins, ilustrando como estes movimentos por vezes se confundem mais com intenção do que realidade ou prática. Quase como outros, como o de defesa em redes sociais de baleias distantes, que servem muito mais para as pessoas individualmente dizerem a si próprias que estão fazendo algo bom, que atuam em "rede de solidariedade", do que atitudes concretas e de algum alcance. Fora questões que têm feito da segurança do paciente um grande negócio.

Provavelmente a intenção de quem fez o vídeo era efetivamente homenagem, inclusive à instituição. Passei por isto enquanto residente: explica-se por dessensibilização aceitável. E explica então parcialmente uma fase boa de vida profissional, que para quem não fica na casa deixa somente lembranças positivas e saudades. Mas é praticamente impossível permanecer além deste tempo, a não ser com dessensibilização patológica, processo que explica a tal "desumanização".

 

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