quarta-feira, 30 de março de 2016

Rotina de um médico hospitalista não segue roteiro único

Entrevista para jornalista do Instituto Brasileiro para Segurança do Paciente gerou a seguinte matéria:

Entrevista para o IBSP

Acrescento abaixo outros tópicos conversados:

- Como os gestores enxergam a MH no Brasil?

Lembrei que há de tudo. Que muitos já compreendem a proposta, e percebem a importância de colocar paciente no centro + hospitalistas como coordenadores do cuidado - regulando a relação entre paciente e diversos outros entes da complexa assistência hospitalar.

Que outros gestores ainda não. E que costumam ser os mesmos que ainda não colocam o paciente no centro do cuidado, e sim subespecialidades médicas ditas lucrativas - culminando em médicos no centro de tudo, como clientes principais e soberanos do hospital.

- Como adaptar o modelo norte-americano para o Brasil?

Precisa adaptar????

Se vejo muito mal uso do modelo aqui, com inserção de hospitalistas em tarefas com baixo grau de autonomia ou eminentemente burocráticas, isto ocorreu e segue acontecendo nos EUA e em outros países. Por outro lado, temos bons exemplo de programas no Brasil fazendo exatamente o que fazem hospitalistas que se destacam nos EUA.

- Quais os maiores desafios de um médico hospitalista no Brasil?

São dois os principais, na minha opinião:

# Habilidades e competências para atuação não clínica: ao menos noções básicas de melhoria da qualidade e segurança do paciente;

# Remuneração, para garantir o tipo de vínculo e envolvimento pretendido.

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